Algumas operadoras parecem estar dispostas a voltar a limitar a franquia mensal de dados dos consumidores de internet fixa – como ocorre com planos móveis – e, se os consumidores provavelmente não vão gostar muito disso, pelo menos a Anatel é a favor da medida.
Para definir o limite da franquia oferecido em seus planos, as operadoras usam estatísticas revistas periodicamente para determinar um “perfil de usuário médio”. Mas são poucos os que estouram o limite – para a maioria dos usuários, o que é oferecido pela operadora acaba sendo mais do que o suficiente para o mês.
A internet ilimitada acaba prejudicando os usuários menos hardcore de internet – eles acabam pagando mais por causa daqueles que baixam torrent sem parar, não saem do YouTube, assistem Netflix todos os dias e ouvem música no Spotify online sem parar. Eis o que ele disse ao Convergência Digital:
“Não existe um único consumidor, então para quem está abaixo da média, consome menos, o limite é melhor. E pior para quem consome muito”
A questão do limite de franquia voltou a ser discutido deposi da Vivo começar, na a oferecer novos contratos a clientes de banda larga fixa com limite de franquia de dados – os planos mais baratos terão consumo de 10 GB mensais, enquanto os mais premium terão 130 GB. A operadora diz que a cobrança adicional só começará a ser feita no ano que vem.
NET e Oi também, ao menos em teoria, limitam a franquia de dados dos seus clientes fixos, mas na prática é raro alguém ter a internet cortada ou até mesmo a velocidade reduzida por ter ultrapassado o consumo mensal disponível. No caso da Oi, ninguém realmente sofre nenhum tipo de corte, mesmo que esteja definido no contrato.
Em tempos de crescimento do consumo de conteúdo na nuvem, é preocupante que nossas operadoras voltem com a ideia de cortar – ou mesmo limitar – a velocidade da internet por termos consumido demais em determinado mês. Mais preocupante ainda é ver que a agência reguladora acha que a prática pode ser benéfica para alguém.