Os rumores que surgiram nos últimos dias estavam certos. No que vem a ser uma das reestruturações mais importantes da sua história, a Sony confirmou, nesta quinta-feira, a venda de sua divisão de PCs - ou seja, das suas famosas linhas Vaio - e uma reorganização do seu negócio de TVs.
O declínio constante das vendas de PCs no mundo todo é, como você deve ter presumido, a principal razão da decisão da Sony. A marca Vaio existe desde 1996 e, desde então, tenta se diferenciar no mercado transmitindo uma imagem de sofisticação. Rumores também recentes dão conta de que até Steve Jobs apreciava os modelos da linha e teria se mostrado disposto a rodar o Mac OS em laptops Vaio por volta de 2001.
O problema é que, nos últimos anos, a Sony não teve capacidade de analisar o mercado e se adaptar às mudanças, adotando uma política de preços mais agressiva ou tentando identificar o que os concorrentes estavam fazendo para ganhar espaço, por exemplo. A consequência não poderia ter sido outra: US$ 300 milhões de prejuízo e isso somente em 2013.
No ponto de vista dos investidores, a venda é mais do que bem-vinda, embora muitos acreditem que esta decisão deveria ter sido tomada antes. Em 2013, bancos ligados à empresa teriam inclusive recomendado a venda da divisão à Lenovo, mas o grupo chinês recusou a proposta sem dar justificativas.
Tarde ou não, o fato é que a Sony já fechou um acordo de intenções para que a divisão seja repassada para o grupo de investimentos Japan Industrial Partners. O valor da transação ainda não foi revelado, mas sabe-se que a Sony manterá 5% de participação no negócio. O processo tem até o final de 2014 para ser concluído, mas a estimativa é a de que isso ocorra em março.
Em relação à divisão de TVs, a companhia ainda a manterá debaixo de seu guarda-chuva, sob a forma de uma subsidiária, mas fazendo-a se focar quase que exclusivamente nos modelos mais sofisticados, como televisores 4K. Não é mero capricho: este segmento é o único em que a divisão tem conseguido manter alguma vantagem em relação aos concorrentes.
A parte negativa destas mudanças todas é que elas implicam demissões. A partir de março, 5 mil funcionários serão dispensados, sendo 1,5 mil somente no Japão e o restante dividido entre as várias unidades da empresa ao redor do mundo.
Ao tomar estas decisões, a Sony enxugará as suas operações para se manter concentrada nos mercados em que tem sido mais forte - a divisão PlayStation e o segmento de câmeras, por exemplo. A companhia também tentará aumentar a sua participação no mercado de mobilidade, tanto que até já confirmou a sua participação na feira MWC 2014.
Fonte: Tecnoblog
O declínio constante das vendas de PCs no mundo todo é, como você deve ter presumido, a principal razão da decisão da Sony. A marca Vaio existe desde 1996 e, desde então, tenta se diferenciar no mercado transmitindo uma imagem de sofisticação. Rumores também recentes dão conta de que até Steve Jobs apreciava os modelos da linha e teria se mostrado disposto a rodar o Mac OS em laptops Vaio por volta de 2001.
O problema é que, nos últimos anos, a Sony não teve capacidade de analisar o mercado e se adaptar às mudanças, adotando uma política de preços mais agressiva ou tentando identificar o que os concorrentes estavam fazendo para ganhar espaço, por exemplo. A consequência não poderia ter sido outra: US$ 300 milhões de prejuízo e isso somente em 2013.
No ponto de vista dos investidores, a venda é mais do que bem-vinda, embora muitos acreditem que esta decisão deveria ter sido tomada antes. Em 2013, bancos ligados à empresa teriam inclusive recomendado a venda da divisão à Lenovo, mas o grupo chinês recusou a proposta sem dar justificativas.
Tarde ou não, o fato é que a Sony já fechou um acordo de intenções para que a divisão seja repassada para o grupo de investimentos Japan Industrial Partners. O valor da transação ainda não foi revelado, mas sabe-se que a Sony manterá 5% de participação no negócio. O processo tem até o final de 2014 para ser concluído, mas a estimativa é a de que isso ocorra em março.
Em relação à divisão de TVs, a companhia ainda a manterá debaixo de seu guarda-chuva, sob a forma de uma subsidiária, mas fazendo-a se focar quase que exclusivamente nos modelos mais sofisticados, como televisores 4K. Não é mero capricho: este segmento é o único em que a divisão tem conseguido manter alguma vantagem em relação aos concorrentes.
A parte negativa destas mudanças todas é que elas implicam demissões. A partir de março, 5 mil funcionários serão dispensados, sendo 1,5 mil somente no Japão e o restante dividido entre as várias unidades da empresa ao redor do mundo.
Ao tomar estas decisões, a Sony enxugará as suas operações para se manter concentrada nos mercados em que tem sido mais forte - a divisão PlayStation e o segmento de câmeras, por exemplo. A companhia também tentará aumentar a sua participação no mercado de mobilidade, tanto que até já confirmou a sua participação na feira MWC 2014.
Fonte: Tecnoblog